6 de mar. de 2014

História do Perfume

  HISTÓRIA DO PERFUME

Origem do perfume

A palavra perfume é derivada do latim per fumum, que significa por meio da fumaça. Na Antigüidade, um perfumista era considerado um encantador, cujo conhecimento sobre a alquimia era empregado para criar incensos sagrados capazes de elevar o espírito, ligando a psique humana ao poder divino.
À medida que cura e religião estavam interligadas, a defumação de pessoas doentes era uma prática comum para exorcizar os espíritos malignos.
Durante toda a Antigüidade, a resina de olíbano, extraída de árvores que cresciam no sudoeste da Arábia, foi amplamente comercializada. Era considerada uma substância suprema capaz de alterar o humor, o mais sagrado dentre os insensos sagrados. Atualmente, o olíbano é ainda queimado em igrejas católicas. Em 1981, cientistas alemães investigaram registros de que coroinhas estavam ficando viciados nessa substância. Descobriu-se que quando o olíbano era queimado produzia a traidocanabinole, uma substância psicoativa conhecida por provocar estranhos efeitos sobre a imaginação.
Perfumes no antigo Egito
Foi no antigo Egito que o uso dos aromáticos atingiu seu auge. Conta-se que os curandeiros egípcios eram tão reconhecidos por suas habilidades que sábios e médicos de todas as partes do mundo antigo dirigiam-se ao Egito para estudar medicina, perfumaria e os Mistérios.
O incenso mais famoso é o Kyphi, uma mistura inebriante e luxuriosa formada por no mínimo dezesseis ingredientes, sendo que alguns continham substâncias narcóticas e alucinógenas. Quando o túmulo de Tutankamon foi escavado em 1922, um pequeno vidro de ungüento foi encontrado, e, embora tivesse milhares de anos de idade, ainda era possível sentir o cheiro de olíbano e nardo.

Perfumes na Europa

Por volta do século 12, os "perfumes das Arábias" eram famosos em toda a Europa, pois os cavaleiros das cruzadas levavam para casa não somente perfumes caros e exóticos, mas também conhecimento necessário para destilá-los.
Na Itália do século 16, uma nobre família romana -Frangipani- criou um perfume que existe ainda hoje e leva seu nome, que é umperfume tenaz, similar ao aroma de uma espécie de flor indiana.
Foi a princesa italiana Catarina de Medici, na segunda metade do século 16, que iniciou a produção de fragrâncias florais em Grasse, no sul da França. No século seguinte, Grasse tornou-se o renomado centro da fabricação de perfumes, um título que possui até hoje. É um fato comprovado que perfumistas freqüentemente se apresentavam imunes à peste, o que levou ao desenvolvimento do infame "Vinagre Quatro Ladrões", uma mistura de alho e essências de plantas aromáticas em uma suspensão de vinagre, assim chamada devido a um quarteto de ladrões que durante a grande peste, em Marselha, em 1722, borrifavam em seus corpos tal mistura antes de saquear os cadáveres vítimas da peste.
Todos os quatro sobreviveram para se gabar da façanha e continuaram a pilhar impunemente!
Os primeiros perfumes feitos utilizando-se a mistura de fragrâncias sintéticas e naturais foram formulados no final de 1880, pelo francês Paul Parquet, que produziu clássicos como Fougère Royale e Parfum Idéal.
Fonte: www.ufsm.br

HISTÓRIA DO PERFUME
Ao penetrarem pelas narinas, os aromas encontram o sistema límbico, responsável pela memória, sentimentos e emoções. A sábia Cleópatra seduziu Marco Antônio e Julio César usando um perfume à base de óleos extraídos das flores.

Nos tempos mais remotos, os homens invocavam os deuses por meio da fumaça. Eles queimavam ervas, que liberavam diversos aromas. Foi neste contexto que surgiu a palavra "perfume", em latim "per fumum", que significa "através da fumaça".

história do perfume remonta há três mil anos e as lendas que envolvem sua criação vão mais longe ainda. Foi na Índia e na Arábia que surgiram os primeiros mestres da perfumaria. Ali já havia sido criada a água de colônia, obtida pela maceração de pétalas de rosas.

Os árabes não só compreendiam e apreciavam os prazeres dos perfumes, mas também tinham conhecimentos avançados de higiene e medicina.

Eles produziram elixires partindo de plantas e animais com propósitos cosméticos e terapêuticos.

Por volta do século X, Avicena descobriu a destilação dos óleos essenciais das rosas, e assim criou a Água de Rosas.

Depois veio a Eau de Toilette, feito para a rainha da Hungria.

No século XIX o perfume ganha novos usos, como o terapêutico, por exemplo.

O esplendor da perfumaria florescia com a renascença. Foi então, na Europa que o perfume desenvolveu e se popularizou. Mesmo feito ainda de forma artesanal desempenhava sua forma social como parte dos luxos diários e necessários de toda mulher, encantando com suas doces fragrâncias e charmosos frascos, capazes de transformar os perfumes até os dias de hoje, em verdadeiros objetos de desejo.

Foi nessa época que Paris se tornou uma referência mundial em produção de fragrâncias e perfumes, e fez com que os perfumesfranceses conquistassem o mundo. Hoje os perfumes se dividem em alguns tipos.
Tipos de pefumes mais comuns:
Eau de parfum: mais fraco, tem, em sua composição, de 10% a 20% de concentração de essências e seu efeito de fixação chega a 12 horas. Bastam algumas gotas em lugares estratégicos como a nuca, atrás da orelha e atrás do joelho, para você ficar perfumado o dia todo;

Eau de toilette: Com fragrâncias mais discretas são perfeitos para serem usados em climas tropicais com o goiano. Sua fixação não passa de oito horas, e mesmo assim, em dias mais quentes. Sua concentração de essência varia entre 6% e 12%;

Eau de cologne: Excelentes para o nosso clima, também podem ser usados durante o dia. Seu poder de fixação não dura mais do que cinco horas e a concentração fica entre 5% e 8%;

Deo colônia: O mais suave dos perfumes tem o mínimo de concentração de essência, chegando ao máximo de 10%, sendo sua fixação de duas a quatro horas, com algumas exceções que chegam a até 8h.
É comum o mesmo perfume apresentar cheiros diferentes quando aplicado em pessoas diferentes. Isso porque, os odores corporais são únicos, sendo resultado da alimentação, das características pessoais, dos lipídeos e ácidos graxos que a pele exala. A temperatura da pele interfere diretamente na vaporização do perfume, e portanto no cheiro que ele exala.

Hoje sabemos que o perfume é capaz de revelar a personalidade das pessoas, bem como sua classe social. De fato, o perfume é muito mais do que um prazer dos sentidos. É também uma mensagem, algo do próprio ser humano, projetando no exterior seu "eu" profundo, seus gostos, suas aspirações secretas.

Atualmente, a indústria se desenvolveu a tal ponto, que esse aroma é obtido sinteticamente. O perfume Chanel nº 5 deu início a um boom no uso dos aldeídos na fabricação de perfumes. Outro mérito da perfumaria foi reforçar a associação entre o uso do perfume e o jogo de sedução. A discussão ganhou fôlego na década de 50, quando a atriz Marilyn Monroe declarou que usava apenas uma gotinha de perfume para dormir. Mas a relação entre aroma agradável e apelo sensual vem de épocas remotas.
São necessários entre 6 a 18 meses para criar um perfume. É um período mágico em que as matérias primas se transformam em odor.


perfume através dos tempos!

1900 - A atriz Sarah Bernhardt representa as mulheres pálidas e românticas da época. Martirizadas pela moda vitoriana, buscavam alívio nos aromas refrescantes e suaves das colônias florais.



1910 - O estilista Paul Poiret foi o primeiro a colocar em sua maison uma linha própria de perfumes. A partir de então, a conexão entre moda e perfume jamais seria desfeita. No cinema, Theda Bara idealizava a mulher fatal.

1920 - Gabrielle Chanel seria responsável por uma revolução no mundo da perfumaria e da moda. Ela marcou a década com seu estilo único, apostando na sobriedade e no conforto, e com o lançamento do perfume Chanel nª 5.



1930 - Greta Garbo, Katharine Hepburn e Jean Harlow dominavam as telas de cinema. Contrariando os tempos de crise, o estilista Jean Patou lançou Joy, o perfume mais caro do mundo.

1940 - Paris era a capital do luxo e Nova Iorque ditava o contemporâneo. Hollywood virou a fábrica de sonhos. Os cabelos de Rita Hayworth inspiravam a moda e as curvas de Mae West motivaram a criação do perfume Femme de Rochas



1950 - A sofisticação e a inocência de Audrey Hepburn foram traduzidas no perfume L'Interdit.
Chanel nº5 ganharia a mais célebre das garotas-propaganda, que confessava dormir apenas com algumas gotas do perfume: Marilyn Monroe.

1960 - Os Beatles e os Rolling Stones embalavam o pop dos anos 60. Surgiam as minissaia e a modelo Twiggy, musa da extrema magreza. As grandes mudanças de comportamento eram marcadas por fragrâncias que evocavam a liberdade.



1970 - A quebra de toda a sorte de tabus era prenunciada na década na qual as mulheres clamavam por sua individualidade. A tendência oriental na perfumaria seria imortalizada com o lançamento de Opium.

1980 - Fragrâncias mais densas acopmanhavam o clima de competitividade sem limites. Madonna inspirava o corpo "construído" nas academias e Jean Paul Gaultier chocava nas passarelas com sua moda provocativa.



1990 - A década foi marcada pela globalização e pela interatividade e a perfumaria por dois ícones: o unissex CK One e o saboroso Angel. A moda voltava-se para o minimalismo.

2000 - Os perfumes do Novo Milênio parecem revelar os anseios da nova era com nomes sugestivos e personalidades distintas. Um universo que não tem fim.



Futuro - Não há limites para a imaginação dos criadores. As plantas, as águas e até mesmo o espaço podem ser fonte de inspiração para a perfumaria do futuro.
Oriundos de uma tradição de muitos séculos, os perfumes franceses representam hoje uma boa parte das exportações mundiais, e quatro dos oitos maiores grupos do setor são franceses;

perfume é um produto de luxo em constante democratização e um setor em fase de grandes transformações há alguns anos;

Na França, nove mulheres sobre dez e um homem a cada dois se perfumam

Elaborados por criadores inspirados (os famosos "narizes" que sabem misturar as essências), acompanhando as últimas descobertas da química e a evolução das caras matérias primas naturais, cuidadosamente embalados, batizados com nomes significativos, assinados pelos nomes mais famosos da moda, os perfumes também estão se democratizando, agora presentes nas prateleiras das grandes redes de distribuição.

Em 1992, Al Pacino emocionou as platéias com o filme “perfume de Mulher”, em que interpretava um militar reformado cego, capaz de identificar a personalidade e o tipo físico das mulheres de quem se aproximava pelo perfume que estavam usando.

Existem várias lendas que envolvem o surgimento do perfume. Uma delas relata que o perfume foi uma criação da Deusa Vênus (mitologia Grega), que certa vez teria ferido o dedo e dele caído uma gota de sangue sobre uma rosa. Cupido (Deus do Amor) por sua vez, beijou a rosa e teria selado a alquimia, transformando o sangue de Vênus em fragrância.

Registros históricos afirmam que a Babilônia queimava 26 mil quilos de incenso por ano para acalmar a fúria dos deuses. Acreditando que os aromatizantes garantiam a eternidade do corpo e do espírito, os antigos egípcios usavam essências perfumadas no ritual de embalsamamento. Testemunhos das primeiras profanações dos túmulos dos faraós afirmam que os ladrões procuravam as essências utilizadas na mumificação, fazendo pouco caso das jóias e objetos de ouro.

Com o Renascimento, os hábitos de higiene é que são cada vez mais descurados, e o aroma do perfume utiliza-se para disfarçar os maus odores. Na época barroca achava-se inclusivamente desnecessário o banho, uma vez que a existência do perfume permitia dispensá-lo. Para o mau hálito, receitava-se a ingestão de anis, funcho e cominho logo ao pequeno-almoço, e cardamomo e alcaçuz se a intenção fosse seduzir uma jovem. Os cabelos podiam ser aromatizados com a ajuda de almíscar, cravo-da-índia, noz-moscada e cardamomo.

Na origem dos perfumes estão as flores e algumas essências animais como o almíscar e o âmbar. É graças às flores que a verdadeira capital dos perfumes na França não é Paris, mas Grasse, na Côte d’Azur. Um lugar onde há vários séculos são cultivados as rosas, o jasmim, a lavanda, as íris e a mimosa, assim como as plantas aromáticas das quais se extraem essências.

Apesar das dificuldades e das diferentes localizações, a tradição persiste em Grasse. É lá que a Robertet fabrica, em especial, essências sob medida para a clientela do Oriente Médio, que chega a pagar de 3.000 a 5.000 francos (600 a 1.000 dólares) pelo litro de composições onde são misturadas as essências mais nobres

Para que um perfume venha a nascer, é preciso de fato misturar várias dezenas de essências, e escolher o que os especialistas chamam de "nota de cabeça" - o odor que se percebe imediatamente -, uma "nota de coração", que dá sua característica ao perfume, e uma "nota de fundo", que fixa o conjunto. Da mistura entre noas fruitées (de frutas) ou verdes, de madeira, florais ou animais, nascerá o perfume. Alguns deles estão ligados a uma maison como Jean-Paul Guerlain, criador do Samsara, outros criam para uma marca, como Jacques Cavalier ou Jean Guichard, de Grasse.
“O que todo ser humano procura, mais ou menos inconscientemente de um perfume, é o que faz com que se pareça consigo mesmo e, no entanto, o distingue de todas as outras pessoas”
Fonte: www.unioeste.br

Nenhum comentário: